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Jornalista ou apoia o Intercept ou faz assessoria de imprensa

Por Samuel Boss

Não é admissível que alguém que pratique o bom jornalismo indague um jornalista sobre sua fonte, tampouco que desqualifique sua investigação. É preciso escolher: ou se faz jornalismo ou se faz assessoria de imprensa.

Assim como Paulo Henrique Amorim foi assessor de imprensa dos governos petista e hoje tenta fazer jornalismo, assim, também o tão conhecido Alexandre Garcia trocou seus 31 anos de jornalismo na Rede Globo para fazer o papel de assessor de imprensa do novo governo.

Não dá para fazer as duas coisas.

Ou se faz jornalismo, ou se faz assessoria de imprensa!

O Intercept Brasil está sendo atacado pela assessoria de imprensa do novo governo por fazer jornalismo. Mas eu pergunto: Qual prova jornalística foi obtida as claras da legalidade ?

Sou jornalista. fui ameaçado de morte, tive diversos processos contra mim, inclusive pedido de prisão. Minha fontes jamais se utilizaram de meios legais para me entregar provas.

Todas me foram entregues na clandestinidade (todas verdadeiras), porém, não há pessoa forte o suficiente que coloque sua vida a prova para denunciar mal feitos de políticos alheios.

Um pacote entregue no endereço do jornal, uma ligação anônima, um e-mail sem emissor verdadeiro… Enfim, não importa o caminho e sim o teor da mensagem. 

Fui o primeiro jornalista do ABC a receber a informação que a prefeitura de Santo André pretendia aumentar o IPTU em Santo André em 2017. A fonte me disse através de um whatsapp sem foto e o número que não atendia ligação. Mas a informação era verídica.

Busquei o projeto protocolado naquela tarde na Câmara da cidade, e ao ler a matéria era notório que haveria aumento. Publiquei.

Toda novela é conhecida pelos moradores do ABC, o governo voltou atrás e foi cancelado o projeto.

O Intercept recebe uma informação verídica e não importa como se chegou as porvas, até porque, Sergio Moro sempre buscou provas através de delações (mesmo sem saber se as informações eram ou não verídicas) e acusou muitos assim.

Não me importo se o editor do Intercept é gay, se vive com um homem, e se este homem é deputado do PSOL. Minha preocupação é com o Sergio Moro que atuou como juiz, promotor, consultor, assessor de imprensa e militante.

Alexandre Garcia que um dia reportou uma denuncia feita por Pedro Collor contra seu irmão, então presidente do Brasil, Fernando Collor de Melo, hoje defende os denunciados e ataca o jornalismo que denuncia o atual governo.

Hoje é o Intercept. Amanhã pode ser o Bastidor Político ou qualquer outro veículo. 

Pelo bem do jornalismo e da liberdade de imprensa, que se apurem os fatos revelados e se comprovado os erros, punam os envolvidos e premiem o veículo e o jornalista.

Samuel Boss
Samuel Boss
Iniciou sua carreira na criação do Blog do Vereador que se transformou no jornal de sátira política, Quarta Ordinária. Escreveu para os jornais Estação Notícia, Repórter Diário e Opinião Pública. Foi editor do Jornal A Voz de Ribeirão Pires e criador da TV São Caetano. Teve programas na TV+, EcoTV, TVABCD, Repórter Diário e Rádio ABC.

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