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Sem necessidade, Paulo Serra e Morando se antecipam e dão cheque em branco a Bolsonaro

Por Samuel Boss

Os prefeitos de São Bernardo do Campo e Santo André, Orlando Morando e Paulo Serra, ambos do PSDB, se anteciparam nesta segunda-feira (8)  para demonstrar apoio neste segundo turno da eleição presidencial ao candidato Jair Messias Bolsonaro. Mas será que esse posicionamento era necessário para um líder municipal?

Na ânsia de não se tornarem um Alckmin- que sem posição na campanha, acabou em quarto lugar- os prefeitos poderão se tornar uma nova Marina, que apoiou o Aécio cegamente e acabou quebrando a cara.

Paulinho já foi vítima dessa história de “onda”,  quando ele viu Santo André rejeitar o PT em 2008 e apoiar Aidan Ravin,que propunha uma “virada de página”, porém,  um ano após a vitória do médico, Serra já estava na oposição – dado a falta de competência do governo.  O fato foi tão danoso que Paulinho se alinhou ao PT para retirar o Aidan do poder. Ganharam a eleição e ele ganhou uma Secretaria.

Bolsonaro tem um apoio popular incontestável e jamais visto na história, mas isso é competência só dele e de seus seguidores. Ele não precisa dos tucanos com mandato ou sem, tentando pegar carona no “rabo do foguete”, apenas para não serem chamados de “comunistas” e “petistas”. São apoios inócuos. 

Aliás os líderes municipais nem deveriam entrar nessa seara, em 2014, Paulinho Serra era secretário de Obras do PT e estava filiado ao PSD, que tinha ministério no governo Dilma. Naquele ano, o voto do Paulinho foi uma incógnita, até hoje não sabemos se ele foi partidário ou ideológico. Por quê se posicionar agora?

Já Orlando Morando antecipa a eleição municipal, devido o excelente resultado nas urnas de Luiz Marinho na cidade de São Bernardo do Campo. Ele pretende aglutinar os anti-petistas em suas figura, porém, um general, capitão, major ou cabo do PSL pode ser a figura escolhida pelo povo para derrotar o PT e ele em 2020.

Independente do resultado das urnas, o Brasil seguirá dividido. Haverá uma enorme oposição, seja quem for o vencedor, e com a banalização do impeachment, qualquer escorregão será motivo suficiente para que movimentos sociais, ou um advogado qualquer, vá até o congresso pedir o impedimento do novo presidente. Não serão anos fáceis.

O Tucanato pode estar cometendo o segundo erro estratégico para a sobrevivência política; o primeiro foi embarcar e apoiar o governo Temer, e isso lhe custou caro. Agora embarcam num apoio sem necessidade na plataforma de Bolsonaro.

Caso o capitão ganhe as eleições (o que é provável), é torcer para que nem o presidente, nem o vice façam besteiras, pois, a onda Bolsonaro ajudou muitos políticos, mas a rejeição à ele pode destruir políticos com mandato que sem necessidade demonstraram apoio, apenas para fazer cena.  

Samuel Boss
Samuel Boss
Iniciou sua carreira na criação do Blog do Vereador que se transformou no jornal de sátira política, Quarta Ordinária. Escreveu para os jornais Estação Notícia, Repórter Diário e Opinião Pública. Foi editor do Jornal A Voz de Ribeirão Pires e criador da TV São Caetano. Teve programas na TV+, EcoTV, TVABCD, Repórter Diário e Rádio ABC.

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