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Não apoiar candidato da cidade em 2018, pode ser um erro estratégico do governo Kiko

POR SAMUEL BOSS

O governo do prefeito Kiko Teixeira (PSB), já decidiu que não lançará nenhum candidato em 2018, nem para deputado federal, nem a estadual. O nome que poderia unir e angariar votos em nome do grupo do governo, seria o vice-prefeito, Gabriel Roncon (PTB), porém, a indicativa é que Kiko prefere gastar todas as energias em tentar emplacar seu governo em 2018, já que em 2017 o imbróglio jurídico o ameaçou e poucas mudanças foram sentidas pela população.

O espaço que o governo dará aos adversários será enorme e uma avenida para crescimento de uma nova liderança política está aberta. Lembrando que Kiko utilizou a eleição de 2014 para alavancar seu nome na cidade e pavimentou sua candidatura através do pleito. Em 2015 em entrevista ao Jornal Mais Notícias Kiko justificou sua candidatura: “Fui candidato a deputado federal e consegui uma votação expressiva em Ribeirão, mesmo contra um adversário que tinha vínculo com o atual prefeito. Isso fez com que várias pessoas pedissem nossa vinda a Ribeirão Pires”, explicou.

Com uma cidade totalmente aberta, com números ainda desfavoráveis em aprovação, e a oposição a cada minuto se articulando, não lançar uma candidatura apoiada pelo Paço poderá ter um preço caro a pagar em 2020. Os vereadores Rubão Fernandes (PSD) e Amigão D’orto (PTC) dão sinais que poderão buscar votos a deputado dentro da cidade para legitimar seus nomes e liderança dentro da cidade, e assim, ser um nome possível em 2020.

O Partido dos Trabalhadores poderá apostar no ex-vereador, Renato Foresto como nome para as eleições no legislativo. O ex-prefeito Luiz Carlos Grecco (PRB), também tem se movimentado e estudado a possibilidade de lançar seu nome. No grupo do ex-prefeito, Clóvis Volpi (sem partido), o nome mais possível é de seu filho, ex-secretário de Esporte e Cultura, Guto Volpi (PR).

O candidato que pode trazer prejuízos eleitorais ao Paço é o vereador Amigão D’orto. O parlamentar tem perfil jovem e dinâmico, detém um mandato que o ajudará a se posicionar politicamente, além de carregar o sobrenome que esteve presente nas últimas três eleições: elegendo a irmã (falecida), Mercedes D’orto  como vereadora em 2012; o irmão Charles D’orto candidato a deputado estadual em 2014  e obteve  11.821 votos; e em 2016, Amigão se elegeu vereador com 849 votos.

Com a cidade “desprotegida” eleitoralmente pelo Paço, Amigão poderá levar um discurso oposicionista aos eleitores da cidade e aumentar seu capital político para 2020. Porém, tudo isso é apenas um prognóstico, o que vale neste momento é saber como o prefeito Kiko agirá frente aos problemas mais graves da cidade.