Por Samuel Boss
![](https://bastidorpolitico.com.br/wp-content/uploads/2019/01/1-a-1-a-a-a-a-cm-chega-de-explorar-a-classe-media-poster-de-algum-protesto-em-junho-1.png)
As tarifas de ônibus foram reajustadas em quase toda Grande São Paulo neste início de 2019. Porém o que chama a atenção são os protestos que estão sendo encabeçados pelos “liberais”, defensores do Estado mínimo e da livre iniciativa do mercado.
O público da nova direita que acreditou no discurso de crescimento econômico do Dória e do Bolsonaro sem a interferência do Estado, agora clama pela interferência do Estado para abaixar a tarifa ajustada.
O aumento da tarifa do transporte é dado, através de uma exigência das empresas “privadas” ao governo municipal e estadual. As empresas, que ditam o tom de mercado, apresentam uma planilha de custos com funcionários, impostos, combustíveis e manutenção e assim, forçam o prefeito e o governador a dar o aumento. E eles dão!
O modus operandis dos empresários é face nua e crua da livre iniciativa de mercado, e por assim, ser, deveria ser respeitado pelos liberais, ou não?
E o discurso de “Estado mínimo”, na qual se defende estabelecer a menor interferência do governo nas decisões do povo e da iniciativa privada? Vira lenda nessas manifestações. Blá blá bla!
O liberal não pode exigir menos interferência do Estado e liberdade para a iniciativa privada ( e depois que isso se torna real), pedirem interferência do estado para barrar a liberdade do mercado. Soa no mínimo incoerente, para não dizer demagogo.
O que vemos é que no Liberalismo brasileiro a única livre iniciativa que se tem de fato, é a politicagem.
Só para lembrar: Não é por vinte centavos!