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Adolescente Aprendiz é ferramenta de transformação em Diadema

Adolescente Aprendiz é ferramenta de transformação em Diadema

Programa, resgatado pelo prefeito José de Filippi Júnior, tem feito a diferença na vida dos adolescentes da cidade; vagas serão ampliadas ao longo do ano

Deise Daniel Freitas Baldez tem 15 anos. Mora no bairro Serraria, em Diadema, e ganhou uma bolsa de estudos para cursar o ensino médio em uma escola particular bilíngue em São Bernardo. Vitor Schiller de Souza tem 16 anos, é morador do bairro Casa Grande, também em Diadema e, em 2022, conseguiu se recuperar de um período difícil de sua vida, tanto do ponto de vista físico, quanto emocional. Além de serem moradores de Diadema, os dois jovens cursaram a primeira turma do Programa Adolescente Aprendiz, retomado pelo prefeito José de Filippi Junior no ano passado. Ambos relacionam o seu atual momento positivo de vida com as experiências vivenciadas no programa.

O programa Adolescente Aprendiz atendeu cerca de 700 pessoas no ano passado. No contraturno escolar, a ação oferece atividades que incluem mentorias e aprendizado em diferentes eixos, como saúde, étnico-racial, cidadania, educação para o mercado de trabalho, arte e cultura, entre outras áreas. As duas etapas contam com bolsa aprendizagem para os participantes, sendo R$ 150 para a parte inicial, chamada “Primeiros Passos”, e R$ 300 para a parte final, chamada “Travessia”. Neste ano, são 800 vagas abertas, com expectativa de chegar a 1.400 adolescentes atendidos até o final de 2023.

Deise contou que não foi a bolsa auxílio que a atraiu para o curso, mas, sim, a oportunidade de aprender. “Sou um tipo de pessoa que gosta muito de conhecimento, então eu não liguei para o dinheiro, só queria fazer aquele curso”, relembrou. Uma questão burocrática atrasou a abertura da conta bancária necessária para que a adolescente recebesse a bolsa, mas isso não a fez pensar em desistir. “Cheguei a ouvir questionamentos de por que eu faria o curso se ia levar um tempo para receber a bolsa. E eu falava que ia continuar porque sabia que me traria algum benefício”, completou.

Além de todo o aprendizado ao longo do curso, foi no Adolescente Aprendiz que Deise soube que a Rede Cultural Beija-Flor (RCBJ), instituição parceira da Secretaria de Educação de Diadema e que executa o Adolescente Aprendiz, estava selecionando oito jovens estudantes de Diadema para concorrer a uma bolsa de estudos em um colégio particular. Deise fez todo o processo seletivo e, entre 63 inscritas, foi uma das selecionadas. “Essa bolsa é algo que vai mudar a minha vida, porque eu sinto que vou ser uma ótima profissional no futuro se me dedicar”, afirmou. “Se eu tivesse parado o curso não teria conhecimento dessa oportunidade. Primeiramente agradeço a Deus, mas também ao Adolescente Aprendiz”, concluiu.

Vitor relembrou que, quando entrou no Adolescente Aprendiz, passava pelo que classificou de “pior momento de sua vida”. Apesar de ser bastante jovem, tinha sofrido um princípio de AVC (Acidente Vascular Cerebral), que paralisou parcialmente seu rosto e se encontrava em depressão. “Não saía de casa para nada, nem amigos eu tinha”, contou. Foi quando soube por uma vizinha sobre o programa e mesmo sem muito interesse, se inscreveu no último dia do prazo.

Quando as aulas começaram, o primeiro impulso foi desistir. Muitos adolescentes juntos o deixavam apavorado. Mas, com o passar do tempo, foi se interessando pelos conteúdos, pelos aprendizados do dia a dia, socializando com mais facilidade e progressivamente deixando de tomar a medicação para depressão. “Com o curso vi que os jovens podem aprender não só profissionalmente, mas também se descobrir. Aprendi várias coisas que acho que não aprenderia na escola, sobre cidadania, questões étnico-raciais, como me portar em uma entrevista de emprego, em uma empresa”, listou. “Aprendi a amar pessoas que nunca tinha visto na minha vida”, concluiu.

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