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Análise: Eleição da Câmara em Santo André revela muito para o próximo biênio

Assim como os grandes espetáculos que são apresentados nos palcos país a fora, onde grande trabalho não está nas apresentação em si do número, mas no trabalho de ensaios e produção que houve por traz, assim, também é a eleição da presidência da câmara em qualquer cidade.

Em Santo André não é diferente, mas com algumas peculiaridades. As três ultimas eleições para presidência resultaram no inesperado, ou seja, a apresentação não saiu conforme o ensaio e a produção. Em 2010 o nome forte era do vereador Ailton Lima, mas ganhou José de Araújo. Em 2013 o nome forte era Montorinho (PT), mas foi desbancado pelo verde, Donizeti Pereira. Já em 2014, o inesperado Bispo Ronaldo venceu Elian Santana.

mesaDiferente dessas eleições que tiveram articulações a la “House of Card”, com discussões, corre-corre de vereadores, articuladores do paço puxando parlamentar pelo braço, a eleição de ontem (1), foi tranquila e decidida em menos de 20 minutos. Parece que os ensaios e produção, saíram conforme o esperado.

Almir Cicote (PSB), aliado do prefeito Paulo Serra (PSDB), ganhou a presidência por unanimidade, um fato a ser comemorado na política andreense. Porém, trouxe a tira-colo, dois vereadores do PT para ocupar a vice-presidência e primeira secretaria, Luiz Alberto e Bete Siraque.

O resultado dessa chapa hibrida é a garantia que nos dois primeiros anos de governo do prefeito Paulo Serra, o PT pouco poderá esbravejar como oposição ferrenha, afinal, os projetos importantes que estarão em pauta serão do conhecimento da mesa, e consequentemente o PT estará dentro das tratativas do governo.

Para o PT, fazer parte da composição da mesa foi o oxigênio que o partido necessitava para sobreviver a imensa crise que a sigla enfrenta. Os petistas não estarão marginalizados num grupo isolados na Câmara, e não verão os projetos do executivo passarem sem que eles possam de fato fazer parte da discussão. Não vão ver seus discursos serem inúteis em dia de votação.

Serão dois anos em que o PT terá tempo para se reorganizar na cidade e tentar, mesmo em dificuldade achar seu caminho. A vitória de Paulo Serra de forma acachapante não foi desprezada pelos petistas, por isso, neste momento é melhor estar ao lado de um inimigo forte do que tentar enfrentá-lo com armas frágeis.

Após este biênio, o Partido dos Trabalhadores terá tempo suficiente para se rearticular e mostrar novamente suas garras. Poderá voltar ao caminho da oposição ferrenha, pois, já terá um resultado sólido de como anda o governo tucano. O termômetro será o povo, se houver reclamações sobre os serviços básicos e críticas direta ao prefeito, os petistas poderão emplacar sua própria chapa e angariar os vereadores descontentes.  Caso o governo caminhe de forma positiva, o discurso será de que o partido não criou objeção nenhuma na Câmara e ajudou a cidade para este resultado.

O fato concreto é: às vezes água e óleo se juntam, mas nunca se misturam.

 

 

Samuel Boss

Bastidor Político
Bastidor Políticohttp://www.bastidorpolitico.com.br
Redação do site Bastidor Político. Veículo criado em 2016 com intuito de levar os bastidores da informação.

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