Nesta quarta-feira, o ex-senador, que esteve perto de ser eleito presidente da República em 2014, escapou de ver abertos dois processos que poderiam terminar em sua expulsão do PSDB. E, apesar da pressão do governador de São Paulo, João Doria, e do prefeito da capital paulista, Bruno Covas, Aécio sobreviveu com folga: 30 dos 35 votantes da executiva nacional tucana optaram pelo arquivamento das representações.
A permanência de Aécio no tucanato abre espaço e justificativa para o prefeito da capital, Bruno Covas seguir para o seu plano B, o partido NOVO.
Fontes próximas ao tucanato apontam que o prefeito já está em conversa com a sigla há algum tempo, e que havia deixado uma condicional para troca de partido, a expulsão de Aécio.
Bruno entendia que Aécio tem força dentro da alta plumagem tucana e colocou tais condições sabendo que seria seu “pênalti cavado” para abandonar o PSDB.
Em julho Bruno Covas falou com a imprensa e mandou o recado “ou o Aécio ou eu”.
Caso Bruno Covas deixe o PSDB, o partido terá espaço para uma disputa dentro da sigla para a vaga de prefeito a capital. Doria tem se movimentado nos bastidores para trazer a deputada Joice Hasselmann (PSL) que já lançou sua pré-candidatura, e está usando o seu novo pupilo, Alexandre Frota para isso.
Durante a sua entrevista no programa Roda Viva, Frota não descartou convidar Joyce para o ninho tucano.
Esse jogo do xadrez seria a forma de evitar que tucanos antigos como o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin dispute a prefeitura da capital.