Por Samuel Boss
Após a cassação do mandato do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), feito por 2/3 dos vereadores da Câmara de Mauá, o recado que foi dado pode ser seguido pela população em 2020: tirar do poder quem detém o mandato.
Engana -se quem acredita que a crise política da cidade acabou. Engana -se mais ainda quem acredita que o impeachment serviu como alvejante das vestes parlamentar enlameada pela Operação Trato Feito.
Marcelo Oliveira (PT) que não foi citado, nem alvo de buscas da Polícia Federal, votou com leveza, mas, também jogou fora o discurso petista sobre o impeachment ser “golpe”. Ele que participou em menos de duas semanas de um ato em frente a Polícia Federal em Curitiba gritando que Lula é um preso político, injustiçado; e que Dilma sofreu um golpe, mandou no microfone o discurso de ambos os casos por água a baixo. Atila diz que foi preso injustamente e que seu impeachment é golpe. Quem tem a razão os petistas ou Atila?
Alaíde é a nova prefeita! E que Deus lhe dê sabedoria para fazer tudo aquilo que seu clã não fez: tratar a coisa pública com seriedade
Não adianta o grupo político de Atila agora denegrir, reclamar ou falar mal da atual prefeita. Foi o próprio Atila quem a escolheu, e quando a mesma sofreu críticas de Donisete Braga na campanha de 2016, Atila foi defendê-na frente da estação dizendo que era uma dona de casa honrada. A prefeita de Mauá hoje é fruto da estratégia do grupo de Atila anos atrás. Agora aguenta!
Vale lembrar que a PF pediu a prisão dos 22 vereadores envolvidos, porém , a juíza que analisou o caso optou pela cautela de não deixar Mauá ingovernável. No entanto, se a magistrada optasse em seguir o pedido da PF, estariam todos envolvidos fazendo coro com Atila sobre o que é ou não vacância ou licença. Afinal estariam disputando a vaga com seus suplentes.
Em 2020 a semente que foi plantada ontem pelos vereadores pode germinar, e seus frutos podem transformar o parlamento num local de novas lideranças e de renovação plena.