Por Samuel Boss
A 4ª Vara Cível de Mauá determinou a pedido da BRK Ambiental a suspensão do decreto do prefeito Atila Jacomussi (PSB) que reduziria em 20% a tarifa de esgoto a partir de janeiro.
A empresa do grupo Brookifield – até 2017 fazia parte do grupo Odebrecht -alegou a justiça que teria “desequilíbrio financeiro” com o desconto dado pelo decreto.
O mais interessante, é que a empresa cobra valores maiores que 100% no tratamento do esgoto em 100% das casas de Mauá, mesmo não tratando 100% do esgoto na cidade. Hoje, segundo a BRK são tratados 74% do esgoto da cidade – mesmo a empresa prometendo tratar 100% quando o contrato foi fechado na última gestão.
Como a empresa teria desequilíbrio financeiro com 20% de desconto, sendo que ela ainda terá que tratar 26% do esgoto faltante?
Quando a BRK chegar a 100% de esgoto tratado em Mauá, ela também não teria desequilíbrio financeiro?
Ou a justificativa é inverídica, ou a empresa trabalha contra a população que paga mais de 100% no esgoto na conta de água e não tem o esgoto tratado.
Brookfield responde para nós, a empresa terá desequilíbrio financeiro quando o tratamento de esgoto da cidade chegar a 100%?