Por Clovis Volpi
Quando criou Doria para vencer a disputa pela prefeitura de SP o Governador Alckmin jamais imaginou estar criando um adversário. Imaginou um sucessor. Para lançar Doria foi preciso romper e destruir nomes consagrados do PSDB e ainda se indispôs com FHC.
Serra, Aluísio Nunes, Tripoli, Zé Aníbal, Andrea Mararazzo, Edson Aparecido e tantos outros históricos foram sendo decapitados para o surgimento de um novo nome, liderança, que pudesse ser sucessor e respeitá-lo como líder e criador.
Não deu certo.
A criatura percebeu o espaço deixado por esses decapitados e alijados de qualquer possibilidade sucessória e viu o momento de “peitar” o criador (Alckmin), até porque esperar, dar um tempo, poderia abrir uma janela para outros surgirem. Agora Inês é morta.
Doria tem seu próprio time e seu próprio projeto. (Nenhum deles foi mencionado aqui). Se permanecer no PSDB não haverá espaço para líderes históricos, mas um novo grupo. Se sair levará consigo uma safra nova e sua, mas precisará render-se à velha oligarquia do partido que escolher.
É Governador, não há feridos a recolher, seus amigos morreram, politicamente, todos.
Clovis volpi