O presidente do Santos, Orlando Rollo, fez uma defesa da contratação do atacante Robinho, condenado em 2017 a nove anos de prisão por violência sexual na Itália. O clube anunciou neste sábado um acordo de cinco meses com o jogador.
À “Folha”, o presidente do Santos também disse que as críticas à contratação de Robinho eram motivas por “dor de cotovelo” dos rivais. Orlando Rollo afirmou ainda que “respeita muito” a opinião de todas as mulheres que criticaram a chegada do atacante
Entenda o caso:
Em novembro de 2017, Robinho, na época atuando pelo Atlético-MG, foi condenado a nove anos de prisão na Itália por crime de violência sexual. A acusação é de um caso ocorrido numa boate em Milão no dia 22 de janeiro de 2013, quando o jogador estava na terceira de suas quatro temporadas no Milan. O crime teria acontecido em conjunto com outros cinco homens, e a mulher seria de origem albanesa.
Segundo o jornal “Corriere dello Sport”, Robinho conheceu a jovem em janeiro de 2013, durante um jantar em Milão, ocasião em que o atleta estava com amigos e sua esposa. O estupro teria acontecido nessa noite. A denúncia foi feita “alguns meses mais tarde”, de acordo com a publicação.
O “La Stampa”, outro veículo italiano, revelou mais detalhes: o grupo teria levado a garota ao vestiário do Sio Café em Milão, onde “múltiplas relações sexuais” foram consumadas, para festejar o seu aniversário de 23 anos.
Coordenada pelo vice-procurador Pietro Forno e pela promotora Alessia Mel, a investigação colheu o depoimento da suposta vítima e, no verão europeu de 2014 (meio do ano), Robinho prestou esclarecimentos. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do jogador à época, mas a juíza Alessandra Simion rejeitou o pedido de custódia por achar que não havia razão para a precaução, nem risco de reincidência, fuga ou supressão de provas.
Robinho nega envolvimento no caso.