Projeto “Cidades Sustentáveis”, lançado durante a Agrishow, contempla os municípios de Presidente Prudente e Pirapozinho
O Governo de São Paulo fechou uma parceria que garante a dois municípios paulistas o pioneirismo em sistemas de distribuição de biometano no país. Pelo acordo firmado com a iniciativa privada, os municípios de Presidente Prudente e Pirapozinho poderão usar gás gerado a partir dos resíduos da cana-de-açúcar. Na primeira etapa, a estimativa é que 230 mil pessoas sejam beneficiadas com a medida.
“Essa ação inédita ajuda no modelo de gestão e contribui numa relação de coalizão para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem na cidade e no campo”, comentou o governador João Doria.
As empresas parceiras no projeto são a GasBrasiliano, responsável pela distribuição de gás natural na região noroeste paulista, e a Usina Cocal. O gás será gerado no processamento de resíduos como bagaço, vinhaça e palha da cana. A distribuidora vai investir R$ 30 milhões no projeto, e outros R$ 130 milhões virão da usina para a produção do combustível.
“Será possível explorar uma nova forma de energia. O objetivo é transformar resíduos do processamento da cana-de-açúcar em biometano e promover o desenvolvimento sustentável. Poderemos gerar emprego e renda e também contribuir com o meio ambiente”, disse o Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.
A GasBrasiliano construirá 65 quilômetros de rede de distribuição, que levará o biometano da Usina Cocal, no município paulista de Narandiba, até Presidente Prudente, para atender residências, comércios, indústrias e veículos leves e pesados movidos a GNV, além de fomentar a expansão da rede em regiões mais distantes. A estimativa é que a operação comece no segundo semestre de 2020.
“O projeto viabilizará a chegada do gás a novos municípios a partir de uma nova fonte de suprimento“, afirmou o diretor-presidente da GasBrasiliano, Walter Fernando Piazza Júnior.
O diretor-superintendente da Cocal, Paulo Zanetti, declarou que “a demanda por biogás na região do Oeste Paulista tem aumentado significativamente nos últimos anos e, como produzir energia limpa e renovável é uma das frentes do negócio da empresa, identificamos uma tecnologia capaz de garantir a produção desse gás por doze meses, e não apenas no período de safra”.