Por Samuel Boss
Ronan Maria Pinto foi condenado na última terça-feira, 14 de novembro de 2017, a 14 anos de prisão por desembargadores da Terceira Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo no processo sobre suposta corrupção no setor de transportes de passageiros durante a gestão do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
A condenação do empresário por corrupção por um Tribunal de Segunda Instância, não seria motivo suficiente para que a prefeitura de Santo André pedisse suspensão dos contratos que garantem a concessão das empresas de Ronan operarem em Santo André?
O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), recentemente participou de um congresso do MBL e enalteceu sua nova forma de gestão, que tem como prioridade o zelo com o dinheiro público e a ética. Chegou a dizer que o PT havia devastado a cidade, mas que agora estão colocando Santo André nos trilhos e devolvendo o orgulho do andreense. Basta saber se Paulinho terá ‘saco roxo’ para peitar as empresas de transportes comandadas por Ronan.
Se o empresário está preso por corrupção no setor de transporte na cidade de Santo André, não seria justo punir sua empresa, rescindindo o contrato de concessão para operar na cidade? Ou Paulo Serra vai fechar os olhos para esta informação e deixar que Ronan – mesmo preso- detenha uma fonte inesgotável de renda?
Quando um servidor, policial ou secretário é condenado por corrupção, estes são rapidamente afastados de seus cargos e exonerados logo em seguida. Por que o empresário vai poder continuar operando na cidade, mesmo a justiça deixando claro que houve corrupção e o puniu com 14 anos de detenção?
Se o prefeito Paulo Serra quer de fato ser conhecido por um administrador que zela pelo bem público, vai ter que se apropriar de uma coragem que faltou para todos os ex-prefeitos de Santo André e acabar de vez com a parceria ‘quase siamesa’ entre a prefeitura de Santo André e as empresas de Ronan Maria Pinto.
E aí prefeito, vai ter coragem ou vai fingir que não é contigo?
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