Por Samuel Boss
Ontem (3) o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB) voltou as origens políticas: ficar atrás dos ombros de um tucano poderoso. Para acalentar seu ego ferido pela baixa votação da esposa e a trágica e desastrosa gestão no Consórcio -que levou a saída de três cidades do ABC- Morando forçou uma participação na equipe de transição do governador eleito, João Dória (PSDB).
Orlando justificou que trabalharia no horário do almoço e no fim do expediente. Uma impossibilidade sem tamanho, já que a distância entre a prefeitura de São Bernardo e o Palácio dos Bandeirantes é de cerca 29 km, o que levaria duas horas entre ida e retorno do prefeito, fora o período de sua participação.
Um integrante remoto também seria impossível, analisar documentos, levantamentos técnicos, diálogo com áreas responsáveis é algo impensado. Assim, como a participação após o expediente, afinal, a equipe de transição nomeada pelo governador, Márcio França não ficará a disposição dos horários de Morando.
Orlando precisa se autoafirmar a todo instante. Conduziu nos bastidores um relatório eleitoral, na qual, ataca os prefeitos de Santo André e São Caetano do Sul na participação da eleição de Dória. Porém, esqueceu que em ambas as cidades João Dória venceu e saiu derrotado justamente em sua cidade.
Após demolir o consórcio, Morando mira acabar com o PSDB na região motivado por sua vingança pessoal. Ele que não cuide bem de São Bernardo na hora do almoço e no fim do expediente para ver o resultado em 2020.