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Em entrevista exclusiva, Pio Mielo fala sobre a economia de R$ 8,6 milhões da Câmara e a possível participação do PMDB no governo

Pio Mielo (PMDB), professor, vereador de São Caetano do Sul pelo segundo mandato, assumiu a presidência da Câmara Municipal em janeiro de 2017. Com o Brasil passando pelas crises econômica e política, Pio enfrentou desafios, imprimiu ritmo de trabalho acelerado, modernizou a Câmara e, ao mesmo tempo, economizou R$ 8,6 milhões, dinheiro que será devolvido para a Prefeitura investir em programas essenciais para a população.

Em 2017, Pio conduziu 40 sessões ordinárias, 28 sessões extraordinárias. Foram apresentados 370 projetos de lei (49 de autoria da Prefeitura, todos aprovados; sete projetos de lei da Mesa Diretora; e 314 elaborados pelos vereadores). A Câmara ainda produziu mais de 6 mil indicações de autoria dos vereadores e 1.885 requerimentos.

Confira a entrevista.

Bastidor Político: Considerando que está estreando no cargo, já em seu segundo mandato, quais foram os principais desafios como presidente da Câmara neste conturbado ano de 2017?

Pio Mielo: Acredito que foi vencer, com muito planejamento e trabalho, as crises econômica e política do Brasil, que afetou todo o País, especialmente tendo como principal consequência a queda na arrecadação dos municípios. Se avaliarmos no âmbito político, de fato, foi ter a ousadia, a responsabilidade e a coerência de trabalharmos aliados ao poder Executivo, garantindo a governabilidade e, principalmente, apoiando suas ações de austeridade, fundamentais para saúde financeira de São Caetano e para o futuro das próximas gerações.

BP: A Câmara convocou diversas sessões extraordinárias este ano. Quais as ações mais importantes para o munícipe que foram votadas em 2017?

PM: Foram discutidos e aprovados 49 projetos de lei da Prefeitura. Destaco, entretanto, as ações de controle social, da transparência dos atos públicos e do combate à corrupção, como as criações do Diário Oficial Eletrônico e da Controladoria Geral do Município. Também alteramos legislação que permitiu a abertura da EMEI José Auricchio e a implantação do Auxílio Uniforme Escolar, política pública de transferência de renda inédita no Brasil.

BP: Como está a relação da presidência da Casa com o Executivo Municipal?

PM: Harmoniosa e respeitosa. A Câmara mostrou ser parceira da Prefeitura, trabalhamos em total sintonia, sem, portanto, deixar de cobrar e fiscalizar os agentes públicos do Executivo. São Caetano passou por disputas eleitorais que machucaram a classe política e, consequentemente, a nossa comunidade. Foi preciso olhar à frente e construir amplo bloco de coalização, em que fosse possível unir grupos políticos que, por um momento se enfrentaram nas urnas, mas que precisavam caminhar alinhados para o desenvolvimento de São Caetano. Me orgulho de ter liderado este processo ao lado do prefeito Auricchio, que também soube enxergar esta nova fase da política na cidade.

BP: Em sua opinião quais áreas precisam de mais atenção no município?

PM: O binômio Saúde e Educação sempre será a prioridade dos gestores. E São Caetano mantém esta filosofia de gestão há décadas, por isso temos indicadores de alto nível nesses segmentos. São Caetano avançou em 2017 com a entrega da nova unidade UTI pediátrica, o centro de endoscopia e planejamento na gestão que permitiu reduzir as filas para consultas e exames. Nos próximos meses, o governo entregará a total reforma do Hospital de Emergências Albert Sabin e a nova unidade de educação infantil na Avenida Kennedy. Agora é momento de nos debruçarmos aos programas sociais. Precisamos, também, resolver imediatamente a entrega das cestas básicas e o plano de saúde para os funcionários.

BP: O que está sendo feito para melhorar o Legislativo municipal durante seu mandato como presidente?

PM: Fizemos planejamento e gestão para economizar recursos públicos e, ao mesmo tempo, garantir bons serviços aos moradores. Reduzimos em 20% os cargos comissionados – de cinco para quatro assessores em cada gabinete, 19 cargos a menos. Com essas medidas, devolvemos R$ 8,6 milhões ao Executivo, fruto da economia realizada por todos os parlamentares.

BP: Quais foram as medidas de transparência adotadas pela Casa de Leis?

PM: Criamos a Corregedoria Geral, fundamental para garantir transparência e combate à corrupção, e a Ouvidoria do Legislativo, canal de comunicação da população com a Câmara; iniciamos transmissão ao vivo das sessões ordinárias, extraordinárias e audiências públicas pelo Facebook; formatamos novo site do poder Legislativo, que agora tem visual mais atraente, navegação intuitiva e facilita o acesso das informações pelo internauta. Mais recentemente, alteramos da Lei Orgânica Municipal que determina que audiências públicas sejam realizadas na Câmara pelas secretarias fins do município, como a Educação e a Assistência e Inclusão Social, por exemplo.

BP: Vereadores costumam buscar recursos para o município por meio de emendas parlamentares com deputados aliados. O senhor tem algo encaminhado neste sentido?
PM: Mantivemos diálogo permanente com deputados estaduais e federais para que possamos trazer recursos a São Caetano. Comemoramos, em dezembro, o depósito de R$ 1,3 milhão de auxílio do governo federal aos municípios, que ajudou a dar fôlego financeiro à Administração. O prefeito Auricchio e eu, junto com demais gestores e líderes políticos de todo estado, lutamos por este benefício que possibilita minimizarmos os problemas gerados pela crise econômica.

BP: O PMDB almeja ou acha que pode contribuir assumindo algum cargo no Executivo? Se sim, qual? Como está a sua relação com o presidente municipal do seu partido, o PMDB?

PM: O PMDB de São Caetano conta com excelentes quadros técnicos e políticos, que podem e devem contribuir com o governo tucano. Temos representatividade na Casa de Leis, ocupando três cadeiras, e vislumbramos, sim, ter maior espaço no Palácio da Cerâmica. Esta é uma agenda que estamos construindo com cautela e responsabilidade, para que seja sólida e permita ter projeto político único, liderado pelo atual prefeito Auricchio. A minha relação com o ex-prefeito Paulo Pinheiro é de amizade, respeito e gratidão.

BP: Por que você tem usado em seus discursos que 2018 será o ano da esperança?

PM: Porque eu tenho esperança que 2018 será um ano muito melhor do que 2017. Digo isso não por simplesmente sonhar, mas sim baseado nos fatores do mercado financeiro, pois a economia já aparenta melhorias significativas no segundo semestre. Acredito também que este ano foi de ajustes para que, a partir de 2018, possamos avançar em políticas públicas inovadoras, colhendo, de fato, o que plantamos nesse difícil ano que está chegando ao fim. O momento é de olharmos à frente e atender os anseios da população, que aspira por ares de mudança, modernidade, transparência e eficiência.

Bastidor Político
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Redação do site Bastidor Político. Veículo criado em 2016 com intuito de levar os bastidores da informação.

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