Conforme publicado pelo nosso site o Gestor Cultural, Marcilio Duarte que exercia o cargo de diretor de Memória e Acervo da Prefeitura de Ribeirão Pires foi exonerado sob alegação de críticas a atual gestão.
Em nota, Marcilio esclareceu os fatos, e reiterou que este realmente teria sido o motivo, e que “acusado de escrever difamações contra o governo em um grupo” e que “ao exigir que se provasse a acusação, uma vez que tenho certeza de não as ter feito, fui bloqueado no WhatsApp “.
Veja a Nota Completa
Em resposta à matéria veiculada em 09 de setembro de 2019 pelo portal Bastidor Político, informo que, conforme noticiado, fui comunicado de minha exoneração pelo RH da Prefeitura no dia 04 (quarta-feira). Ao questionar sobre as motivações, fui acusado de “escrever difamações contra o governo em um grupo”. Todavia, as supostas provas não foram apresentadas e não fui sequer convidado a dar minha versão dos fatos. Ao exigir que se provasse a acusação, uma vez que tenho certeza de não as ter feito, fui bloqueado no WhatsApp – o que interrompeu um possível e desejável esclarecimento.
O fato me causou perplexidade não só em mim, mas em muitos que acompanhavam o meu trabalho e manifestaram surpresa, pois em qualquer lugar, quando um funcionário é dispensado, existe a praxe de se dialogar e expor os motivos de forma clara e transparente. Havia também a possibilidade de se fazer uma exoneração amigável, mas essa opção parece ter sido descartada.
Diante da acusação, esclareço que nunca escrevi difamações contra o governo. Havia, sim, insatisfações pontuais, que são absolutamente comuns em uma administração – especialmente porque eu tentava uma conversa pessoal com o prefeito desde dezembro de 2018 e nunca fui atendido, apesar das diversas tentativas. Mesmo assim, eu externava as minhas insatisfações em ambiente adequado, ou seja, nas reuniões de Conselho de Patrimônio, que é um ambiente de governança conjunta, onde todos os problemas da administração são discutidos. Todas essas insatisfações nunca saíram do ambiente interno.
Fui um servidor altamente produtivo, colaborativo e fiel à missão que pactuei com o governo. Trabalhei por dois anos e meio focado no compromisso de resgatar e valorizar o patrimônio cultural e natural de Ribeirão Pires, muitas vezes colocando recursos financeiros próprios e contornando toda ordem de problemas para fazer o setor avançar. Saio com a consciência tranquila de ter cumprido o meu dever.
Apesar da forma sumária e desrespeitosa como aconteceu, atendi à demissão e a fiz de forma amigável junto ao meu secretário, Anderson Rodrigues Grecco, com quem nunca tive problemas.
Há ainda muito trabalho a ser feito na preservação do patrimônio de Ribeirão Pires. Desejo o melhor para a cidade e que o novo gestor (ou gestora) consiga dar continuidade aos trabalhos com a devida qualidade. Apesar de tudo, desejo sorte à atual gestão.